Para quem perdeu, segue para DOWNLOAD o programa Brazilian Nuggets Especial Tropicália.
For those who missed, you can DOWNLOAD the whole Brazilian Nuggets show, Tropicalia Special.
Confira a lista das músicas:
Tracklist
01 - Gilberto Gil - Miserere Nobis
02 - Os Mutantes - Panis et Circensis
03 - Gil, Caetano, Gal, Tom Zé e Os Mutantes - Parque Industrial
04 - Rogério Duprat - Baby
05 - Rogério Duprat e Os Mutantes - The Rain, the Park and other Things
06 - Rogério Duprat - Ele Falava Nisso Todo Dia / Bat Macumba / Frevo Rasgado
07 - Os Mutantes - Minha Menina
08 - Os Mutantes - Don Quixote
09 - Os Mutantes - Desculpe, Baby
10 - Caetano Veloso - Tropicália
11 - Caetano Veloso - Acrílico
12 - Caetano Veloso - It's a Long Way
13 - Gilberto Gil - Domingo no Parque
14 - Gilberto Gil - Futurível
15 - Gilberto Gil - Back in Bahia
16 - Gal Costa - Não Identificado
17 - Gal Costa - Pulsars e Quasars
18 - Gal Costa - Hotel das Estrelas
19 - Tom Zé - Não Buzine que Eu Estou Paquerando
20 - Tom Zé - Jimmy, Renda-se
21 - Tom Zé - Senhor Cidadão
22 - Nara Leão - Lindonéia
23 - Jorge Ben - Descobri que Sou um Anjo
24 - Ronnie Von - Chega de Tudo
25 - Jards Macalé - Farinha do Desprezo
26 - O Bando - Disparada
27 - Quarteto Nova Era - Apolo
28 - Os Brazões - Tão Longe de Mim
27 - Brazilian Octopus - Momento B-8
Espero que vocês tenham gostado. Breve, voltarei com mais novidades do mundo da psicodelia brasileira.
I hope you all have enjoyed it. See you soon with more news about the brazilian psych world.
Friday, February 26, 2010
Wednesday, February 17, 2010
Arnaud Rodrigues - O Som do Paulinho (1976)

DOWNLOAD!
Faixas:
01. Som do Paulinho
02. Rock de Minas Gerais
03. O Dia que o Diabo Roubou o Bar do Português
04. Em Cima Daquele Morro
05. Sete de Setenta e Oito
06. Índio do Uruguai
07. Teté Das Lendas Rurais
08. Mercado São José
09. Negro Pescador
10. Gaivota Humana
É com grande pesar que publico esse post, dedicado a Arnaud Rodrigues, morto ontem, terça de carnaval, em um acidente de barco. O acidente se deu em uma lagoa de Tocantins, onde Arnaud residia desde 1999. Estavam na embarcação, além de Arnaud, sua esposa e duas netas, que sobreviveram.
Famoso por acompanhar Chico Anysio em programas humorístico nas décadas de 70 e 80, formou com ele a dupla Baiano e os Novos Caetanos. Satirizando Caetano Veloso, Maria Bethania e os Novos Bahianos e dirigindo suas farpas em direção a ditadura militar, a dupla lançou 5 LPs de relativo sucesso.
Como artista solo, Arnaud lançou os LPs Sound & Pyla (1970), Murituri (1974) e este O Som do Paulinho (1976). Com uma orientação musical mais "séria" do que nos seus discos com Chico Anysio, nesses LPs Arnaud revela influências que vão do samba, ao funk e ao rock, passando por cores mais psicodélicas em Murituri.
Nos anos 80, Arnaud se dedica mais a TV do que a música, interpretando papéis marcantes nas novelas Pão Pão, Beijo Beijo (1983) e Roque Santeiro (1985). Já nos anos 90, pode ser visto no programa humorístico A Praça é Nossa onde, entre outros, satirizava a dupla Chitãozinho e Xororó, no quadro "Chitãoró e Xorãozinho".
Nos anos 2000, Arnaud se dedicou a uma atividade um tanto quanto inusitada: Cartola de Futebol. Como presidente do Palmas desde 2003, conseguiu levar o time ao tricampeonato estadual...
Acompanhem, nos links abaixo, notícias da morte de Arnaud Rodrigues:
Matéria Globo News
Matéria Estadão
Fazer o download de Arnaud Rodrigues - O Som do Paulinho (1976).
Monday, February 01, 2010
Bruno & Caetano - Apocalypse (1980)

DOWNLOAD!
Faixas:
01. Yes or No
02. The Portrait of my Life
03. Daisy's Song
04. We
05. Dawn
06. Apocalypse
07. Back from War
08. Things
09. Prayer
10. SOS
11. Marilyn Monroe
12. White Flag
Fazer o download de Bruno & Caetano - Apocalypse (1980).
Wednesday, January 20, 2010
Blow Up - 1st Album (1969)
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DOWNLOAD!
Faixas:
01. Estrela que Cai
02. Meu Anjo Especial
03. Você Não Sabe Amar
04. Ela se Foi
05. Tristeza do Adeus
06. Cada Dia
07. Deixe-me
08. Feliz sem Ter Você
09. Os Sonhos Meus
10. Para Ter Seu Carinho
11. Tempo de Amar
12. Eu Não Sei
Fazer o download de Blow Up - 1st Album (1969).
Monday, January 18, 2010
O que rolou na estreia do Programa Brazilian Nuggets...
A estreia do programa Brazilian Nuggets foi um sucesso. Para quem perdeu, segue o programa para DOWNLOAD
The Brazilian Nuggets premier was a complete success. For those who missed it, you can DOWNLOAD the whole program.
Confira a lista das músicas:
Tracklist
Beat
01 - The Bubbles - Por que Sou Tão Feio?
02 - Som Beat - Sou Tímido Assim
03 - Beat Boys - Torta de Morangos
Garagem
04 - Luizinho e seus Dinamites - Choque que Queima
05 - Os Baobás- Bye, Bye, My Darling
06 - Sound Factory - Let's Go
Jovem Guarda
07 - Wanderléa - Vou lhe Contar
08 - Silvinha - Risque
09 - Ronnie Von - Mil Novecentos e Além
Tropicália
10 - Gilberto Gil - Luzia Luluza
11 - Gal Costa - Meu nome é Gal
12 - O Bando - ...e Assim Falava Mefistófeles
Clássicos do Psicodelismo Brasileiro
13 - Liverpool - 13o. Andar
14 - Bangö - Rock Dream
15 - Mutantes - Caminhante Noturno
Progressivo
16 - Módulo 1000 - Turpe Est Sine Crine Caput
17 - Som Imaginário - Super-God
18 - Quintal de Clorofila - Drakkars
"Invasão Nordestina"
19 - Alceu Valença e Geraldo Azevedo - Virgem Virgínia
20 - Lula Côrtes e Zé Ramalho - Nas Paredes da Pedra Encantada
Black
21 - Arnaud Rodrigues - Murituri
22 - Paulo Bagunça e a Tropa Maldita - Olhar Animal
23 - Pedro Santos - Quem Sou Eu?
MPB
24 - Guilherme Lamounier - GB em Alto Relevo
25 - Manduka e Los Jaivas- Tá Bom Tá que Tá
26 - Nairê - O Menestrel das Cabras
Neo Psicodelismo
27 - Júpiter Maçã - Miss Lexotan 6mg Garota
28 - Mopho - Nada Vai Mudar
29 - Laranja Freak - Noção do Perigo
Espero que vocês tenham gostado. Breve, voltarei com mais novidades do mundo da psicodelia brasileira.
I hope you all have enjoyed it. See you soon with more news about the brazilian psych world.
The Brazilian Nuggets premier was a complete success. For those who missed it, you can DOWNLOAD the whole program.
Confira a lista das músicas:
Tracklist
Beat
01 - The Bubbles - Por que Sou Tão Feio?
02 - Som Beat - Sou Tímido Assim
03 - Beat Boys - Torta de Morangos
Garagem
04 - Luizinho e seus Dinamites - Choque que Queima
05 - Os Baobás- Bye, Bye, My Darling
06 - Sound Factory - Let's Go
Jovem Guarda
07 - Wanderléa - Vou lhe Contar
08 - Silvinha - Risque
09 - Ronnie Von - Mil Novecentos e Além
Tropicália
10 - Gilberto Gil - Luzia Luluza
11 - Gal Costa - Meu nome é Gal
12 - O Bando - ...e Assim Falava Mefistófeles
Clássicos do Psicodelismo Brasileiro
13 - Liverpool - 13o. Andar
14 - Bangö - Rock Dream
15 - Mutantes - Caminhante Noturno
Progressivo
16 - Módulo 1000 - Turpe Est Sine Crine Caput
17 - Som Imaginário - Super-God
18 - Quintal de Clorofila - Drakkars
"Invasão Nordestina"
19 - Alceu Valença e Geraldo Azevedo - Virgem Virgínia
20 - Lula Côrtes e Zé Ramalho - Nas Paredes da Pedra Encantada
Black
21 - Arnaud Rodrigues - Murituri
22 - Paulo Bagunça e a Tropa Maldita - Olhar Animal
23 - Pedro Santos - Quem Sou Eu?
MPB
24 - Guilherme Lamounier - GB em Alto Relevo
25 - Manduka e Los Jaivas- Tá Bom Tá que Tá
26 - Nairê - O Menestrel das Cabras
Neo Psicodelismo
27 - Júpiter Maçã - Miss Lexotan 6mg Garota
28 - Mopho - Nada Vai Mudar
29 - Laranja Freak - Noção do Perigo
Espero que vocês tenham gostado. Breve, voltarei com mais novidades do mundo da psicodelia brasileira.
I hope you all have enjoyed it. See you soon with more news about the brazilian psych world.
Friday, January 15, 2010
Programa Brazilian Nuggets

Hello Brazilian Nuggets fans. From now on you may know a little bit more about Brazilian Psych on my new radio program. The Brazilian Nuggets program can be heard on sundays, from 1am to 3am (GMT), at the Lágrima Psicodélica Underground Web Radio. In this first program we will go thru the various styles of Brazilian Psych, from Brazilian Beat and Jovem Guarda to Brazilian Prog an "Northwest Invasion". Besides the songs, information and curiosities about the bands and albums. See you there and have a nice trip.
Wednesday, January 13, 2010
Pedro Santos - Krishnanda (1968)
DOWNLOAD!
Faixas:
01. Ritual Negro
02. Água Viva
03. Um Só
04. Sem Sombra
05. Savana
06. Advertência
07. Quem Sou Eu?
08. Flor de Lótus
09. Dentro da Selva
10. Desengano da Visita
11. Dual
12. Aranbindu
Algum colega blogueiro já notou, mas vale reafirmar a analogia. A terceira faixa de Krishnanda, “Um só”, possui versos no mínimo curiosos em relação à posição de Pedro Santos e do álbum, não somente em relação a sua época e, graças ao resgate em MP3, a nossa, mas em relação à música brasileira em geral: “… aquele que na palavra entender, no nome não se prender, pode ver bem quem eu sou. Mas quem no pé da letra cair, do nome não vai sair, porque no nome não estou…”
Pedro Santos, Pedro dos Santos, Pedro Sorongo, tocou com fulano, inventou instrumentos, entre os quais a Tamba, que dá nome ao renomado trio de jazz bossa, e realizou este álbum: pouco ou nada se sabe sobre este artista que “no nome não está”. De fato, não há informações disponíveis que possibilitem acessar mais adequadamente o trabalho de Sorongo. Inclusive, em relação a seus feitos, usarei os verbos no passado, pois nem sei ao menos se está vivo… Porém, a audição do álbum e a apreciação da breve história que colhemos via web, nos permite entrever fatos e detalhes. Por exemplo, tendo em mente a habilidade de Sorongo para criar instrumentos, identificamos na segunda faixa um chocalho d’água, cuja primeira ocorrrência que me vem à cabeça é o tocado por Jamie Muir em Lark’s Tongues in Aspic, quinto álbum do King Crimson. Mas não sei se este procedimento pode ser útil, pois o álbum exprime mais do que perspicácia técnica. O que se ouve em Krishnanda é produto de uma concepção sonora muito particular, mesmo levando em conta os prolíficos anos sessentas.
Após diversas audições, percebe-se o método a partir do qual o trabalho de Sorongo se desenvolve, e que confere a ele o estatuto de avis rara. Da bossa, do jazz e do samba-jazz ele absorve as concepções harmônicas, os arranjos de metal e o balanço. Subjacente às canções e temas musicais, camas de percussão que beiram a genialidade inscrevem o nome de Sorongo entre nossos grandes instrumentistas nesta seara. O disco abre com a batucada afro de “Ritual Negro”, permeada por vozes femininas, cujo tema central lembra tanto os ataques de metais da Orquestra Tabajara como os arranjos do Modern Jazz Quartet. Em “Água Viva”, o procedimento se repete: sobre uma cama rítmica inusitada, formada por kalimbas e chocalhos d’água, um naipe de metais desenha uma melodia à semelhança do estilo samba-jazz, lembrando a música de Moacir Santos. “Um Só” é composta por berimbaus e tambores, mas o que chama atenção é a qualidade da canção e da voz áspera de Sorongo. “Advertência” é uma experiência bastante afinada com alguns trabalhos contemporâneos que intercalam cacofonia e arranjos para orquestra. Os estrondos são acompanhados por orquestra wagneriana e tambores apocalípticos, produzindo talvez a faixa mais experimental do disco – junto com a riponga “Flor de Lótus”. “Quem Sou Eu” também admira pela qualidade meio pop, meio bossa da canção – às vezes lembram os afrossambas – e, finalizando, “Aranbindu”, uma singela melodia executada de forma lúdica e, ao mesmo tempo, com um certo grau de estranheza conferida pelo som do xilofone.
É estranho pensar que este álbum só veio à tona graças à era do MP3. E isso por alguns motivos que nos coloca questões estéticas e históricas de primeira ordem. Uma primeira questão, duchampiana, nos faz perguntar pela detecção dos elementos vanguardistas e como este trabalho depende de uma seleção que é feita de forma um tanto quanto arbitrária. Ora, o trabalho de Sorongo está em pé de igualdade com muitos discos da tropicália, e mesmo em relação a pseudo-bossa que inundava os festivais da época. Por que teria ele de emergir logo agora, que forças o mativeram no ostracismo por tantos anos? Uma outra questão curiosa é a semelhança que as experiências de Sorongo mantém com a fase setentista de Fela Kuti, que se pode conferir em “Desengano da Visita”. Mera coincidência? Provável, mas não há como tirar o mérito do compositor, de ter antecipado algumas divisões rítmicas, explorado suas potencialidades, criando inclusive soluções melódias e harmônicas perfeitamente condizentes com o “novo” ritmo.
Krishnanda certamente irá influenciar muitos trabalhos daqui pra frente, assim como os discos de Tom Zé, Caetano, Vinícius… E me pergunto que outros tesouros estarão escondidos pelos recantos do mundo, revelados quase diariamente pela gana pesquisadora dos bloggers. Essa enorme reserva, obnubilada pelos produtos eleitos, seja pela indústria, seja pela escolha popular, ainda poderá nos trazer outros “krishnandas”, o que implica em cogitar a hipótese de que entre passado e futuro se estabelecerá aos poucos uma relação de retroalimentação e atualização: o futuro identificando no “passado” seus elementos precursores, o passado renascendo e iluminando o futuro… E cá estou eu, filosofando sob a influência meio hippie, meio jazzy deste disco surpreendente.
Texto de Bernardo Oliveira
Apesar das evidentes qualidades de Krishnanda, a sensação que surge inicialmente é o espanto em saber que um disco como esses existe na história da música popular brasileira. É curioso que o disco não tenha nem mesmo menção na história dos discos malditos obscuros, como o disco tropicalista de Rogério Duprat ou o Paêbirú de Zé Ramalho e Lula Côrtes. Maior surpresa ainda: trata-se de um disco de 1968, incorporando samba, arranjos indianos carregados no expressionismo e África, além de contar com sons vindos de novos instrumentos e barulhos de natureza, como água e cantos de animais silvestres. Fosse um disco de meados dos anos 70, poderíamos traçar as influências: as misturas vêm da tropicália, os “sons de natureza” são inspirados em O Milagre dos Peixes de Milton Nascimento, o experimentalismo fragmentário vem do Caetano de Araçá Azul e dos discos de Walter Franco. Mas 1968 coloca Krishnanda como simultâneo dos primeiros e precursor dos outros: trata-se não somente de um OVNI enterrado nas camadas subterrâneas de nossa história, mas também de um trabalho que aponta para problemáticas musicais que viriam a aflorar nos anos seguintes.
Mas que fique claro que não é apenas um jogo de descoberta e fetiche pelo obscuro. O principal é o imprevisível, sim, mas também enorme talento em criar melodias, em criar bases percussivas e em especial em criar uma espécie de conjunto místico/religioso que encompassa organicamente geografias (Ásia, África e América) e culturas (religião hindu, panafricanismo) totalmente distintas. O que convence, em todo caso, é menos o conjunto – não é um disco que prima pela coesão – do que os lampejos brutos de inspiração: a melodia instrumental de “Ritual Negro” que abre o disco, a esquisitice proto-Tom Zé do riff de teclado (?) de “Quem Sou Eu?”, os agudos evocativos de “Flor de Lótus” e “Sem Sombra”, os trunfos de composição de canção que são “Água Viva” e “Desengano da Vista”. Por momentos, no entanto, o disco se instala num limiar meio perigoso entre pesquisa de timbres e easy listening, como testemunham as duas últimas faixas, “Dual” e “Aranbindu”, que são longe de essenciais. “Savana” e “Advertência” são peças climáticas e interessantes, mas a proximidade uma da outra acaba atrapalhando um pouco a fluência do disco, que não se comportará tão solenemente assim até o fim. Mas esses são apenas pecadilhos diante de um trabalho tão vigoroso e singular na música brasileira como é esse Krishnanda, que merece o quanto antes ganhar o reconhecimento devido.
Texto de Ruy Gardnier
Fazer o download de Pedro Santos - Krishnanda (1968).
Tuesday, December 08, 2009
Baiano & Os Novos Caetanos - Baiano & Os Novos Caetanos (1974)

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Faixas:
01. Vô Batê pá Tu
02. Nega
03. Cidadão da Mata
04. Urubu Tá com Raiva do Boi
05. Aldeia
06. Ciranda
07. Folia de Rei
08. Véio Zuza
09. Selva de Feras
10. Tributo ao Regional
11. Dendalei
O disco em questão foi lançado em 1974 para aproveitar o sucesso dos personagens Baiano e Paulinho, criados por Chico Anysio e representados, respectivamente, por ele e seu maior parceiro, o cantor, compositor, ator e também humorista Arnaud Rodrigues. O grupo Baiano & Os Novos Caetanos fazia engraçadas aparições no Chico City, um dos vários programas que Chico Anysio teve na grade de programação da TV Globo durante os anos 70. Ao que consta, a idéia dos personagens surgiu da revolta que a prisão e o exílio de Caetano e Gil causaram em todo o meio artístico - servia como sátira, sim (incluindo no meio os Novos Baianos, de Moraes Moreira e Luiz Galvão), mas era uma homenagem a dois artistas cuja prisão sequer pôde ser noticada decentemente nos jornais nacionais, devido à censura. Atitudes como a da dupla Chico/Arnaud e a de outra dupla, Roberto e Erasmo (ao compor "Debaixo dos caracóis dos seus cabelos" para Caetano) ajudavam a passar a mensagem por debaixo da porta - e versos como o do maior sucesso de Baiano & Os Novos Caetanos, já diziam tudo. "Vô batê pá tu", parceria de Arnaud Rodrigues e do samba-rockeiro Orlandivo, pegava pesado na questão da delação de artistas subversivos durante o período da ditadura ("vô batê pá tu/batê pá tú/pá tu batê/pá amanhã a pá não me dizê/que eu não bati pá tu/pá tu podê batê"), incluindo ainda um discurso bem próximo do som bandido de Bezerra da Silva ("deduração/um cara louco que dançou com tudo/entregação do dedo de veludo"). O som era um samba-rock nordestino, suingado. A música era ambientada como se fosse um quadro de Chico City, com palmas, risadas e até participação de outro personagem de Chico, Lingote, mais perdido que cego em tiroteio ("falôôôô, é isso aí, malandro... tem que se ligar aí nesse som... mas o que é que eu tô fazendo nesse disco, malandragem?").
O lado A de Baiano & Os Novos Caetanos era, em sua maioria, dominado por uma mistura de samba, rock, forró e lisergia, que faria a alegria de dez entre dez adeptos do mangue bit - estranhamente, ninguém se lembrou de gravar nenhuma música do álbum, e olha que boa parte delas daria ótimos samples. "Nêga", a segunda música, era aberta em ritmo de funk, com guitarra e metais - e logo virava um samba-rock cheio de efeitos vocais, cheio de guitarras com fuzz. Em "Cidadão da mata", composta por Chico e Arnaud, mais guitarras, samba, rock e nordeste, unidos a sons da mata e a pelo menos um verso cara-de-pau, lido por Chico: "Amo a mata, porque nela não há presos". Chico, que costumava imitar a voz e o sotaque dos irmãos Caetano e Bethânia na televisão, abre o forrock "Urubu tá com raiva do boi", recitando, em baianês: "o medo, a angústia, o sufoco, a neurose, a poluição, os juros, o fim, nada de novo... a gente de novo só tem os sete pecados industriais". Na letra, fome, injustiça social by Médici/Geisel, de ilusão, meio ambiente e censura, graças aos versos e às frases ditas por Chico entre um acorde e outro. Fechando, regionalismos em "Aldeia" e "Ciranda" (que cita nominalmente: "saudade de Caetano, de Gal, de Bethânia, de Gil").
O lado B do disco é repleto de regionalismos, em músicas como a sertaneja "Folia de Rei", o choro "Tributo ao regional" e nas letras de várias faixas. Mas as misturas continuam, no forró-soul (!) "Véio Zuza", coadjuvado pelo próprio personagem criado por Chico, no samba-rock "Selva de feras" (outra parceria de Arnaud e Orlandivo, lembrando o estilo deste último em músicas como "Guéri-Guéri"). "Dendalei", misturando ritmos nordestinos, sanfona e riffs de guitarra duas décadas antes dos Raimundos, pregava: "sou fâ do livre pensamento". Um discurso bem complicado para a época... mas provavelmente o humor e a Globo ajudaram a dissolver uma série de coisas que estavam explícitas no texto de Chico Anysio e Arnaud Rodrigues.
O sucesso do disco foi tão grande que os realizadores seriam convidados para shows no MIDEM, famosa feira de música realizada em Cannes, na França - convite este recusado por Arnaud e Chico, que preferiram uma turnê pelo Brasil. A dupla Baiano & Paulinho (e os Novos Caetanos) ainda apareceria em vários programas de humor e em outros lançamentos - em 1975, saía Baiano & Os Novos Caetanos 2, pela Som Livre, e nos anos 80 ainda sairiam outros discos. Arnaud, que hoje é mais conhecido do público por outra dupla (Xitãoró e Xorãozinho, que interpreta com Marcelo de Nóbrega no programa A praça é nossa) ainda brilharia em outro disco, Murituri, lançado em 1974, com mais rock, samba, nordestinidade e psicodelia de arrepiar os cabelos, em músicas como "Murituri" e "Nêga" (a mesma de Baiano &...). Chico também voltaria ao disco em registros ao vivo (Chico ao vivo, Som Livre, 1976) e a dupla ainda se reuniria para gravar o disco do personagem Painho - uma espécie de sátira aos pais-de-santo, que começariam a se tornar famosos na mídia durante a década de 80. No todo, um discurso cujo humor acabou proporcionando sua absorção pela mídia, pelo povo e até pelos então donos do poder. Só que, como ocorre também com vários outros artistas (de Ultraje a Rigor a Falcão e Rogério Skylab), há muito mais do que apenas bom humor ali. Sorte de quem entendeu.
Texto de Ricardo Schott, publicado no site discotecabasica.com.
Fazer o download de Baiano & Os Novos Caetanos - Baiano & Os Novos Caetanos (1974).
Wednesday, November 25, 2009
Dado - Atrás da Luz (1984)

DOWNLOAD!
Faixas:
01. Luar Menino
02. Deixa O Amor Viver
03. Ondas
04. Viajante
05. Sob a Luz
06. A Ponte
07. Atrás da Luz
08. Romance
09. No Espelho
Fazer o download de Dado - Atrás da Luz (1984).
Tuesday, November 03, 2009
Comunidade S8 - Quem Deseja Ser Criança? (1979)

DOWNLOAD!
Faixas:
01. Quem Deseja Ser Criança?
02. Quando Vejo os Céus!
03. O Meu Amado
04. Grandes Coisas Fez o Senhor por Nós
05. Louvai ao Senhor!
06. O Rio Vivo
07. O Homem que Teme a Deus
08. Ó Senhor, Livra a Minha Alma!
09. Quando as Flores não Mais Existirem
10. Cantai Louvores ao Seu Nome
Fazer o download de Comunidade S8 - Quem Deseja Ser Criança? (1979).
Thursday, October 22, 2009
Dércio Marques - Terra, Vento e Caminho (1977)
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DOWNLOAD!
Faixas:
01. Tributo (Volta em Si)
02. Sexta-feira
03. Le Tengo Rabia al Silencio
04. Gloria de Sá
05. O Menino (El Niño)
06. As Curvas do Rio
07. Malambo - dança criolla
08. Folia do Divino Espírito Santo
09. Aquién no Justifica
10. Árvore
Fazer o download de Dércio Marques - Terra, Vento e Caminho (1977).
Thursday, September 24, 2009
Jacildo e Seus Rapazes - Lenha-Brasa e Bronca (1964)

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Faixas:
01. Malu
02. Understand You
03. São Paulo Parou
04. My Black Cat
05. Será Que o Amor é Assim
06. Porque Eu Amo Só Você
07. Doido Por Amor
08. Day Tripper
09. Tarzan, Rei dos Macacos
10. Musicomania
11. Cantada
Grupo do estado do Mato Grosso, formado por Jacildo (guitarra), Bolinha (saxofone), Preto (bateria), Everaldo (teclado), Hélio Japonês (contra-baixo), Taury (trompete), Eugênio (percussão), Carlos Bráulio e Jacy Amorim (crooners). Depois, com a banda já residindo em Cuiabá, foram contratados Neurozito (guitarra base), Formiga (bateria) e Juarez Silva, que substituiu Carlos Bráulio.
Eles causaram impacto pelos uniformes coloridos e vistosos, com movimentos coreografados, variando conforme o ritmo da música, em blues, canções internacionais e especialmente músicas dos Beatles e da Jovem Guarda. Gravou apenas esse LP, em 1964.
Em 2006, o grupo é homenageado em evento patrocinado pela Secretaria do Cultura de Cuiabá, com a participação especial da banda Vanguart, também de Cuiabá.
Fazer o download de Jacildo e Seus Rapazes - Lenha-Brasa e Bronca (1964).
Thursday, August 20, 2009
Mac Rybell - Mac Rybell (1974)

DOWNLOAD!
Faixas:
01. Meu sonho
02. The first time I saw you
03. Amor ainda existe
04. Wait
05. Como posso viver sozinho
06. Apocalipse
07. It's so blue
08. Lágrimas
09. Você deve crer
10. Já era o tempo de esperar
11. Canção do bosque
12. Homem pé no chão
Fazer o download de Mac Rybell - Mac Rybell (1974).
Tuesday, July 28, 2009
Ivan & Pricila - Hortelã (1985)
DOWNLOAD!
Faixas:
01. Pérola
02. Bem
03. Mana
04. Colar de Carolina
05. Em Trilhos
06. Lua Quebrada
07. Minas
08. Vida Maneira
09. Sul das Gerais
10. Mandu
Ainda garoto Ivan Vilela ganhou de seu pai um violão e aos 11 anos começou a compor. Sua identificação com o universo popular o manteve, desde cedo, em contato com festas tradicionais do sul de Minas Gerais, sua região natal. O envolvimento com a cultura popular revelou-se em todos os seus trabalhos, desde o grupo Pedra (1979), e do grupo Água Doce (1982/83), cujas composições primavam pela pesquisa das raízes da música sul mineira.
Em 1984, iniciou um duo de voz e violão com a cantora Pricila Stephan, Ivan e Pricila, buscando resgatar o lirismo das canções mineiras. Foi quando aconteceu seu primeiro registro musical com o LP Hortelã (1985). Neste LP são de Ivan todas as concepções de arranjos instrumentais e vocais. O trabalho conta com composições de vários poetas sul mineiros, entre eles Gildes Bezerra e Fernando D’Andrea. Durante este período Ivan Vilela viajou pelo Brasil participando de inúmeros festivais, tão em voga na época; em todos atuando como compositor, arranjador, instrumentista e cantor.
Em 1989 ingressou no curso de Composição da Unicamp, quando freqüentou diversos seminários de Musicologia, Música Contemporânea e Música Brasileira. Estudou violão com Éverton Gloeden, Paulo Bellinati e Ulisses Rocha e na Unicamp, foi aluno de Almeida Prado.
Com bacharelado e mestrado em Composição, vem trabalhando com a fusão de linguagens musicais, aparentemente distintas, compondo uma Ópera Caipira, Cheiro de Mato e de Chão, baseada no libreto do poeta Jehovah Amaral.
Durante a graduação, em 1991, montou o trio de câmara Trem de Corda (violino, violoncelo e violão) que unia a música de concerto à música popular. Com um repertório calcado na música popular brasileira, em especial o choro. Com intervenções de música barroca, o Trem de Corda conseguiu fazer uma ponte entre os conceitos musicais erudito e popular. O trabalho do Trem de Corda foi registrado no CD Trilhas (1994), com duas indicações ao Prêmio Sharp (94/95). Atualmente o trio prepara a confecção de seu primeiro CD individual, intitulado A Cor das Cordas.
Em 1992 foi convidado a ingressar no grupo Anima, que interpretava música medieval e renascentista, e junto com sua viola começou a levar um pouco do universo de suas pesquisas para o grupo. Com a fusão da música folclórica com a música medieval, desde então vem realizando o trabalho de unir os universos erudito e popular, medieval e folclórico. Trabalho este registrado no CD Espiral do Tempo (1998), agraciado com os prêmios Movimento (1997/1998) e APCA (1998). Ivan atuou como compositor, arranjador e instrumentista do Anima de 1992 a 1999.
Em 1995, Ivan assumiu a viola caipira como instrumento solista. Iniciou então uma série de apresentações e foi se consagrando como um dos maiores expoentes da viola moderna. Desde então tem sido um dos responsáveis pelo trânsito da viola caipira a outros segmentos musicais.
Em 1998, registrou suas composições para viola no CD Paisagens, um trabalho instrumental que tem a viola caipira como base. Com este trabalho recebeu uma indicação para o Prêmio Sharp (98/99) na categoria Revelação Instrumental.
Profissionalmente, além da composição e execução, Ivan Vilela atua como diretor e arranjador da Oficina de Viola Caipira de Campinas e, como professor, ministra cursos de viola caipira pelo Brasil afora.
É diretor e arranjador da Orquestra Filarmônica de Violas de Campinas-SP e idealizador da ONG Núcleo da Cultura Caipira.
Ivan Vilela é professor da USP (Universidade de São Paulo), em Ribeirão Preto, onde é responsável pelo Bacharelado de Viola Caipira, curso inédito no país e no mundo. O curso, além de criar uma literatura para a viola caipira, incentiva a criação e lançamento de novos trabalhos dos alunos.
Recentemente lançou seu novo CD Dez Cordas, que traz arranjos diversos para viola caipira, de Tião Carreiro a Almir Sater, Chico Buarque e Beatles.
Texto publicado originalmente na Revista Viola Caipira
Fazer o download de Ivan & Pricila - Hortelã (1985).
Wednesday, July 01, 2009
Tribo Massáhi - Estrelando Embaixador (1972)

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Faixas:
01. Timolô, Timodê (1 - Walk By Jungle, 2 - Fareua, 3 - Harmatan, 4 - Dandara)
02. Lido´s Square (1 - Pae João, 2 - Menina Da Janela, 3 - OAN, 4 - Madrugada Sem Luar)
Disco com apenas duas longas faixas em estilo jam, com quatro temas cada uma. Um misto de soul, ritmos latinos e africanos, com um clima lisérgico tão comum à época.
Quem tiver maiores informações, por favor, me mande.
Arquivos gentilmente cedidos por Marcelo Azevedo
Fazer o download de Tribo Massáhí - Estrelando Embaixador (1972).
Thursday, June 25, 2009
Os Baobás - Single (1966)

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Faixas:
01. Happy Together
02. Down Down
O segundo compacto da banda traz uma cover de “Happy Together”, do The Turtles, iniciando um tanto ríspida, com os vocais distintos da felicidade colorida da original e uma dura e seca bateria, mas logo deslancha em animados coros e um discreto órgão ao fundo. Mas assim como o primeiro trabalho do grupo, é da banda em si a grata surpresa: “Down Down”, de autoria, novamente, de Ricardo Contins, é uma das mais bem resolvidas pedradas do período sessentista brasileiro, clássico garageiro que mais expressa a natureza musical da banda, assim como o seu talento para composições próprias.
Abordando um assunto corrente na maioria das canções do período, a desilusão amorosa, Contins retrata a comum vassalagem descomunal não como sempre foi conhecida – como romantismo exacerbado – mas sim relatando em três partes atos como a lamúria, a indagação, e enfim a revanche do locutor em relação a seu amor, em uma letra tão sucinta quanto genial, fazendo uso do termo “down” em duas conotações possíveis dentro do cenário: o desapontamento (“Down, down/Down, down/I have a girl that I love her so/But she always puts me down [...] What can I do if I need her, oh!?”) e revanche (“That I’m gonna put my little girl so down/I keep on walking down, down/ I keep on rocking down, down”), tendo os vocais para apoiar ainda mais tal discurso.
Texto de Marcelo Iwai, publicado originalmente no portal The Freakium!
Fazer o download de Os Baobás - Single (1966).
Monday, May 25, 2009
Impacto Cinco - Lágrimas Azuis (1975)

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Faixas:
01. Mãos de seda, coração de ferro
02. Tudo vai mudar (amanhã)
03. Fuga
04. Carmen, Carmen
05. Viver triste
06. Lembranças
07. Lágrimas azuis
08. Sábado
09. Um bom lugar
10. Sentado no arco íris
11. Muito tempo de som
Um Impacto Cinco psicodélico
Era 1975, quando o grupo potiguar Impacto Cinco, conhecido como uma banda de baile, foi parar nos estúdios da gravadora CBS para gravar o LP Lágrimas Azuis. Naquela época o quinto não fazia idéia que estava provocando fortes marcas na história da música brasileira, pois atualmente o álbum é um dos 10 mais cobiçados do rock brasileiro, mencionado em sites especializados e em leilões internacionais.
Esse foi o segundo e último disco da carreira do grupo que ocupou durante uma semana o estúdio da gravadora. O material já havia sido exaustivamente ensaiado e a direção musical coube a Gileno de Azevedo, Leno (o ex-parceiro de Lílian). Das 11 faixas, apenas cinco são de autoria dos rapazes do grupo (Fuga, Viver Triste, Lágrimas Azuis, Um bom lugar e Muito tempo de som). Leno assinou três canções Tudo vai mudar (amanhã), Carmem, Carmem e Sentado no Arco-Íris que ele compôs em parceria com Raul Seixas.
A música de abertura foi entregue ao piauiense Piska, compositor de Mãos de seda, coração de ferro. Eles ainda gravaram o cover de Sábado (do guitarrista Frederyko) que também fez parte do álbum de estréia do grupo, lançado em 1970. Lembranças (Raulzinho e C.H.Gonçalves) completa o repertório do LP.
O grupo era formado por Clauton (bateria, percussão e vocais), Poty Lucena (baixo e vocais), Etelvino (piano elétrico, órgão, sintetizador e vocais), Joca Costa (guitarras) e Lulinha (vocal). Quando o Impacto Cinco chegou ao Rio estava afinado para gravar o repertório, os anos de estrada como banda de baile, tocando durante cinco horas seguidas, davam a eles segurança para realizar o trabalho em um curto período de uma semana. Para o guitarrista Joca Costa, ainda ligado ao meio musical nos dias de hoje, a CBS, que tinha em seu cast nomes internacionais, como Aerosmith, além do próprio Roberto Carlos, estava concedendo uma chance à banda potiguar. A afirmação foi feita durante uma entrevista ao jornalista Rodrigo Hammer, publicada na edição no número 3 da Revista Brouhaha. ‘‘Éramos algo muito à frente para a época’’, declarou o tecladista Etelvino, na mesma matéria. Na capa do álbum, quatro dos cinco componentes do Impacto Cinco aparecem fumando, seguindo o estilo revoluncionário da época.
Texto de Hayssa Pacheco, publicado originalmente no Jornal Diário de Natal
Arquivos ripados e gentilmente cedidos por Hracional
Fazer o download de Impacto Cinco - Lágrimas Azuis (1975).
Tuesday, April 28, 2009
The Gentlemen - The Gentlemen (1972)

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Faixas:
01. Sorriso Selvagem
02. Não Sei Quem Sou
03. Vestido Branco
04. Meu Mundo
05. Lonely Blue Bay
06. Uma Voz, Outra Voz
07. Vazio
08. Agora Estou Livre
09. Isso é Amor
10. Eu Juro
11. O Embarque
12. Post-Scriptum
O The Gentlemen surgiu em 1966 inspirados na Jovem Guarda e no rock inglês...
Hugo Leão, além de baixista, também foi tecladista, guitarrista solo e vocalista da banda "The Gentlemen", com Célio(guitarra ritmica), Valmir(crooner), Saulo(baterista), Enilton(guitarra solo) e Carlito(teclados), foram os membros que tocaram na banda durante a época.
A banda foi eleita por cinco vezes consecutivas como o melhor conjunto do Norte e Nordeste.
Teve em sua formação alguém que entraria para a história da Música Popular Brasileira: Zé Ramalho. Nesse disco Zé não participa, ele esta nas gravações do único compacto feito pela banda, com a música CRISTINA muito executada nas rádios locais na época. Hoje é uma raridade encontrar este compacto.
Texto extraido do blog Mopho Discos
Fazer o download de The Gentlemen - The Gentlemen (1972).
Tuesday, March 10, 2009
Bernardo Neto - Sumaré (1988)

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Faixas:
01. Sumaré
02. Brasão
03. Superstição Imortal
04. Cora Coralina
05. O Novo
06. Vilancete
Ao decidir-se por editar disco com composições de Bernado Neto, o movimento litero-musical O SACO levou em consideração o trabalho de um compositor voltado para a busca constante da sintonia entre a beleza da palavra e da música. Um artista interessado em deixar registrado no tempo o compromisso do homem para com a vida, a poesia e o destino de todos nós numa era de tantas indecisões e desencantos.
Bernardo Neto desenvolve há muito tempo no Ceará trabalho musical que só tem merecido aplauso e reconhecimento. Mas somente o disco era capaz de impulsionar ainda mais seu talento para ser descoberto em outras plagas e receber a mesma admiração dos que vivem nos limites da província cearense. Ao optar inicialmente por Bernardo Neto, O SACO traz à tona o eterno problema do artista enclausurado nas fronteiras de seu Estado, sem perspectivas futuras se não romper os esquemas tradicionais das gravadores multinacionais.
Bernardo Neto escolheu para compor "Sumaré" alguns dos nomes mais significativos da literatura cearense. Ao musicar poemas de autores consagrados, dá outra dimensão à palavra que sempre se manteve no restrito espaço do papel. Amplia, repercute e avança ao lado do poder de criação literária. Em "Vilancete", o compositor torna ainda mais conhecida a produção de Moreira Campos, um dos articuladores do Grupo CLÃ, citado em várias antologias internacionais.
Na faixa "O novo", perpetua em melodia os versos de Caetano Ximenes Aragão, autor do grande "Romanceiro de Bárbara". Em "Brasão", Francisco Carvalho, que traz na expressão da linguagem poética a aventura e desventura da existência. Todos poetas que sabem utilizar com maestria a palavra em sua dimensão mais humana, pura, terna e eterna. Nomes que orgulham o Ceará e nada deixam a dever ao resto do Pais.
Indo mais além, Bernardo Neto inspira seu violão para prender na melodia "Superstição mortal", de Millor Fernandes. E em 'Cora Coralina", uma homenagem a mulher de destino humilde, mas de ricas palavras. Bernardo Neto escolheu tal caminho por sentir em cada texto a musicalidade unir-se com o sentimento da força humana em busca de melhor caminho. Música e palavra numa vertente única, inabalável, como a esperança. A esperança de se ter pelo menos o direito de viver. E sonhar.
Em Sumaré, Manoel Grelho Raposo, autor da letra diz: "Num passe de mágica as cores se misturam, o sol derrama as suas crinas sobre o canteiro dos homens, e a bela orquídea do poeta invade os corações de quem sabe cultivar Sumarés, rosas de amor."
Texto extraído do encarte do disco.
Fazer o download de Bernardo Neto - Sumaré (1988).
Wednesday, March 04, 2009

EM DEFESA DA LIBERDADE E DO PROGRESSO DO CONHECIMENTO NA INTERNET BRASILEIRA
Um projeto de Lei do Senado brasileiro quer bloquear as práticas criativas e atacar a Internet, enrijecendo todas as convenções do direito autoral. O Substitutivo do Senador Eduardo Azeredo quer bloquear o uso de redes P2P, quer liquidar com o avanço das redes de conexão abertas (Wi-Fi) e quer exigir que todos os provedores de acesso à Internet se tornem delatores de seus usuários, colocando cada um como provável criminoso. É o reino da suspeita, do medo e da quebra da neutralidade da rede. Caso o projeto Substitutivo do Senador Azeredo seja aprovado, milhares de internautas serão transformados, de um dia para outro, em criminosos. Dezenas de atividades criativas serão consideradas criminosas pelo artigo 285-B do projeto em questão. Esse projeto é uma séria ameaça à diversidade da rede, às possibilidades recombinantes, além de instaurar o medo e a vigilância.
Se como eu, vocês sentem a sua liberdade violada por tal projeto, assinem a petição pelo seu veto.
Tuesday, February 24, 2009
Os Meninos de Deus - Aperte, não Sacuda... (1974)

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Faixas:
01. Senhor Fazei de Mim Um Instrumento de Tua Paz
02. A Luz
03. Aprendam Que Podem Ser Livres
04. A Voz de Amor
05. No Mires Atras
06. 'Ce Tem Que Ser Um Menino
07. Aleluia
08. Estou Feliz
09. Como Esquecê-lo
10. É Melhor Tentar e Falhar
11. Que é Que Fez Jesus
12. Obrigado, Senhor
O conjunto é composto por Aminadab, violão e vocal; Jeroboam, piano elétrico e vocal; Isaias, guitarra e vocal; Obed, contra-baixo; Miguel, violino; Israel, [ritmo]; Alael, bateria; Daniel Gentileza, todos no vocal.
O interior de uma das famílias dos Meninos de Deus é um organismo vivo. Todos têm senso de comunitarismo e executam as tarefas recebidas, motivados por uma força comum que é a de acharem que estão, desta maneira, servindo e amando a Deus.
"Somos hoje mais de 5.000 jovens vivendo juntos em mais de 50 países diferentes, com mais de 250 comunidades, em grupos de 12, 30 ou 100 pessoas. Jovens que encontraram um objetivo na vida, depois de experimentarem diferentes drogas, religiões, viagens ou coisas parecidas, e que encontraram em Deus e em sua palavra e no amor de Jesus, no amor fraternal, puro e sadio, a resposta para os seus problemas e para os problemas de toda a humanidade.
Estes jovens dedicam toda a vida a levar este amor, paz, felicidade, e alegria a todos aqueles que buscam por esta nova vida. O nosso objetivo é de obedecer ao último mandamento de Jesus: "Ir a todos e pregar o evangelho (boas notícias) a toda a criatura". Levar esta mensagem a todo o mundo, até o último da Terra. Conquistar o mundo por Jesus". Esta é a mensagem do grupo aqui no Brasil.
Os Meninos de Deus estão satisfeitos por terem tido a chance de gravar este disco. "A música é uma das formas de oração mais poderosa, e quando as pessoas estiverem cantando nossas canções, estarão de uma maneira indireta, orando", afirmam eles.
O movimento surgiu em 1968 nos Estados Unidos, fundado por Moises David (David Brandt), que havia sido criado numa família muito religiosa. Seu pai era um pastor protestante conhecido por suas pregações por toda a Califórnia, e sua mãe, sofrendo um acidente de carro grave, atribuiu seu pronto restabelecimento ao poder espiritual do marido, convertendo-se ardorosamente, ao protestantismo e tornando-se uma escritora de livros religiosos.
No entanto, para Mo (assim Moises David é chamado pelos Meninos de Deus), nada do que seus pais faziam era concretamente religioso, já que eram atividades comandadas pela Igreja. A partir desta visão, David resolveu iniciar um movimento religioso onde Deus fosse realmente o centro e o sentido de todas as decisões e trabalhos a serem realizados, o que trouxesse em seu bojo a contemporaneidade necessária para ser aceito pelas pessoas que não viam no institucionalismo eclesiástico a solução para seus males.
David Brandt, da mesma maneira que seu pai, andou pregando por toda a Califórnia, e tornou-se [rapidamente] conhecido: mas havia uma nítida diferença no que pregavam, muito embora ambos usassem a bíblia como fundamento. David diferenciava-se de seu pai no modo de interpretá-la, decorrendo daí uma nova filosofia cristã, menos rígida e mais motivadora.
Através dos grupos hipies que foram se chegando a ele, trocando as drogas por seus ensinamentos, começou a estrutura, dando forma e sentidos exatos, o que hoje viria a ser essa enorme organização internacional composta quase que inteiramente por jovens.
Em fins de 1973, os mass-medias americanos falavam incessantemente nas cento e vinte comunidades espalhadas por todos os Estados Unidos. Comentavam o jeito singular daquelas pessoas alienadas e felizes falarem sobre a vida que levavam, de deus, sobre a orientação [artística] diferente nas [músicas] e peças de teatro produzidas por essas comunidades.
Jeremy Spencer, um jovem americano, cantor e compositor de rock e membro de uma das famílias dos Meninos de Deus, é um dos maiores responsáveis pelo êxito do movimento. Associando à sua arte toda a problemática religiosa da família, conseguiu por intermédio de suas letras, que transmitiam as mensagens de Moises David, trazer jovens ajustados mais infelizes, traficantes de drogas, e outros que procuravam respostas para a parafernália progressiva de erros e procuras que lhes parecia o mundo.
Quando as [idéias] do movimento ficaram conhecidas por todos os Estados Unidos contestando aberta e concretamente a Igreja, ao por em prática soluções que consideravam mais convenientes com a realidade religiosa some-se a ele os outros movimentos de origens diferentes, mas com a mesma intensidade de contestação à Igreja) o impasse criado juntos aos jovens para evitar seu afastamento da Igreja.
Os Meninos de Deus depois de afirmados como um grupo religioso, passaram a ser também conhecidos como um grupo artístico, ao formarem sua própria companhia teatral e assinarem contratos com gravadoras musicais para divulgarem o seu trabalho. Os responsáveis pelas atividades juvenis das Igrejas iniciaram uma série de atividades no sentido de aproveitarem essas iniciativas, fazendo com que os jovens encontrassem dentro das igrejas interesses que fosse compatíveis com suas [idéias] Eles os incentivaram a comporem [músicas] para as missas e a organizarem peças de teatro e conferências com temas religiosos.
Há 11 meses o movimento chegou ao Brasil, depois de haver percorrido e se fixado na Europa, na Ásia e na África.
Thiago e Tabita, um casal baiano, foram os percussores do movimento no Brasil, junto com Amminadab e Marcena, que são americanos e partilhavam do mesmo objetivo de incorporarem a [América] do Sul aos lugares visitados por eles. Os dois casais se conheceram numa comunidade do grupo na Holanda, surgindo aí a motivação para virem ao Brasil, país bem localizado para a vinda de suas idéias e a sua disseminação na [América] Latina. Formaram um grupo e [iniciaram] sua viagem atravessando a [América] Central, o que fez com que mudassem seus planos e passagens primeiro por outros países latinos, antes de virem ao Brasil.
Chegando ao Rio, foram morar em Santa Tereza, por ser um lugar calmo, onde poderiam trabalhar [tranqüilos] e criarem suas crianças. As atividades do grupo aqui, logo de início, consistiram em traduzir e reimprimir as cartas religiosas de Moises David, distribuindo-as por toda a cidade, explicando direta e detalhadamente as propostas do grupo às pessoas que se interessem principalmente a juventude, não só do Rio, mas de todo o Brasil.
Para isso viajam constantemente pessoas do grupo para os lugares mais distantes do país, [já] estiveram no Amazonas, em quase todo o Nordeste e Sul, iniciando comunidades com pessoas que adotaram as suas idéias.
Em quase um ano de atividades do Brasil o grupo cresceu bastante. Conta atualmente com quase 60 pessoas, das quais grande parte está morando num sítio em Jacarepaguá, alugado depois que a casa de Santa Tereza ficou pequena para tanta gente.
O trabalho artístico da família no Rio, já alcançou boa projeção. Amminadab e Thiago os responsáveis pelo grupo, entraram em contato com pessoas influentes do meio artístico e conseguiram promover o conjunto musical Meninos de Deus, que apareceu no programa "Fantástico, O Show da Vida", por duas vezes e assinou um contrato com a Polydor gravando um disco logo em seguida, "Aperte não Sacuda", é o nome do lp que foi lançado no dia 15 de agosto.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente jornal O Estado do Paraná, em 26/11/1974
Fazer o download de Os Meninos de Deus - Aperte, não Sacuda... (1974).
Monday, December 22, 2008
Mário Garcia - Sr. Cisne (1982)

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Faixas:
01. A Garça
02. Quando Cair o Super Herói
03. Mergulho no Mar
04. Pôr do Sol em Montevideo
05. Sr. Cisne
06. Era do Ouro
07. Pés de Lotus
Gravado num estudio com pouca estrutura, pouco dinheiro, e muitos amigos ....
Assim foi a gravação de Sr Cisne produzido por Mario Garcia em 1982, na epoca fascinado por todas as influências negras na música da america latina.
Neste disco foram gravados muitos candombes...um ritmo negro de Montevideo no Uruguai muito tocado nos carnavais onde se usa intrumentos como os tambores "Piano", "Chico" e "Repique" um bem grave, um médio e um agudo...como no Candomblé temos "Run", "Pi" e "Lé"...
Feito sem nenhuma intenção comercial...era um momento de crescer e fusionar ritmos e foi um momento magico...muita coisa nasceu dentro do estudio.
Gravou com seu irmão Waly Garcia (teclados e pedal de baixo), e o baterista Ricardo Confessori, o LP Garcia & Garcia, e criaram um estilo bem único.
Nascido na cidade de São Paulo...Mario Garcia é um artista que ganhou um lugar no nordeste da Argentina, onde hoje tem um grupo de Jazz e um Trio Elétrico chamado Tamanduá Maluco.
No Brasil ele trabalhou com artistas tais como Antonio Carlos & Jocafi (criadores do tema "Você Abusou"), Paulino Boca Cantor, Silvio Brito, Malcolm Roberts (compositor) e gravou um álbum produzido por Ivan Lins e Victor Martins.
Viveu em Madrid (Espanha), onde, entre outros, tocou com Alex Acuña (Weather Report percussionista), foi músico da banda de Paco de Lucia e actuou em várias casas noturnas tocando jazz, bossa nova e outros ritmos afro-brasileiros.
Os Músicos:
Jorge Peña - Percussão...
Santana - Violão e Percussão....
José Luis "Tristón" -Bateria e Percussão
José luis Carrasco - Bongos...todos uruguayos
Arthur "El Gordo" - Baixo, Yrupê e Sax (Fundador do grupo raça negra.)
Junior - Bateria (Ex "Patrulha do espaço")
Serginho - Baixo
Mario Garcia - Guitarras e Cavaquinho.
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Saturday, December 06, 2008
The Funky Funny Four - Let's Dance (1971)
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Faixas:
1. It Don't Come Easy
2. Here Comes That Rainy Day Feeling Again
3. Pickin' Up Sticks
4. Put Your Hand In The Hand
5. Sweet Mary
6. Chirpy Chirpy Cheep Cheep
7. Rosianna
8. Country Sam
9. Where Are We Going
10. Never Can Say Goodbye
11. Lotti, Lotti
12. Jodie
13. Sweet and Inocent
14. All You'll Never Get From Me
15. Cathy, I Love You
16. Treat Her Like a Lady
17. What is Life
18. When You See Jerusalem
O LP ganhou a superfície pelas mãos do site Rato Laser, fonte de descobertas e raridades do rock brasileiro. Batizado '16 World Top Hits', o disco é uma das maiores raridades do rock nacional, e um achado espetacular. O LP contém covers para hits internacionais, mas o interessante é a composição da banda, que reúne grandes ícones do rock dos anos 60 & 70.
The Funky Funny Four é nada mais nada menos que Lanny Gordin (guitarra), Liminha (baixo, dos Mutantes), Suely Chagas (vocal, ex-O’Seis, o pré-Mutantes), Dinho (bateria, também dos Mutantes), Pedrinho (vocal, ex-Código 90) e, ainda, Lineu e Fernada nos vocais. O nome do disco é ‘Let’s Dance – 16 Worlds Top Hits’ e foi lançado pelo selo Young, em 1971, em meio a onda ‘cover’, que marcou a produção roqueira paulista da primeira metade dos anos setenta.
Texto de Fernando Rosa, publicado originalmente no site Senhor F
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Monday, December 01, 2008
Dércio Marques - Segredos Vegetais (1988)

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Faixas:
01 - Tema da flor da noite - Segredos
02 - Tema do Canindé
03 - Tema do milho
04 - Palhas de milho
05 - Lambada de serpente - Tema do milho
06 - Avati - Deus do milho e das flores
07 - Amarela flor do dia
08 - Tema dos segredos - Tema da flor da noite
09 - Campo branco - Tema Datatarena
10 - Natureza oculta - Arco-íris
11 - Bela pessoa - Incendental - Sonho de Nocla - Tali
12 - Segredos vegetais
13 - Umbela de Umbelas I
14 - Umbela de Umbelas II
15 - Tema das ervas
16 - Canto do ipês amarelos - Roda Gigante - Dandô
17 - Cítara medieval
18 - Dandô IIMarianinha
19 - Tirana [Salamanca do Jarau]
20 - Marianinha
21 - Segredos vegetais II - Se o meu jardim der flor
22 - Vôo noturno
23 - Jojobaleia
24 - Vinheta dos Meninos de Volta ao Mar
25 - Cantiga de ninar Arícia
26 - Tema dos meninos de volta ao mar
27 - Concerto de arames e pássaros [Passaramedonho]
28 - Tema da Jurema I
29 - Peleja do sisal
30 - Tema da Jurema II
Dercio Marques é um violeiro, cantor e compositor nascido em Minas Gerais e que tem em sua irmã Dorothy uma das principais parceiras de show.
Seu primeiro disco "Terra, vento, caminho", foi lançado em 1977, pelo selo Marcus Pereira, obra em que interpretava canções de Atahualpa Yupanqui, do célebre violeiro Elomar e de sua própria autoria.
Em 1979, lançou pelo selo Copacabana o disco "Canto forte-Coro da primavera", do qual participaram músicos como Oswaldinho do Acordeom e Heraldo, ex-integrante do Quarteto Novo.
Ainda dentre seus parceiros ou companheiros de shows destacam-se João do Vale, Paulinho Pedra Azul, Luis Di França, Pereira da Viola e Diana Pequeno.
Depois da bem sucedida gravação de um disco infantil "Anjos da Terra", em homenagem a sua filha Mayanna, foi indicado em 1996 para o prêmio Sharp de melhor disco infantil com "Monjolear", gravado em Uberlândia, com a participação de 240 crianças.
Texto extraído da Wikipédia
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Friday, November 14, 2008
Gêmini 7 - Em Órbita

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Faixas:
01. Eu Não Sabia Que Você Existia
02. Tema Para Jovens Namorados
03. Chapeuzinho Vermelho
04. Meu Bem Não Me Quer
05. Secret Agent Men
06. Só Para Jovens
07. Gatinha Manhosa
08. Listen People
09. Vem Quente Que Eu Estou Fervendo
10. Black is Black
11. California Dreamin'
12. Vai
Com o sucesso do hoje clássico e raro compacto que continha as músicas ‘Vai’ e a versão de ‘It’s no Use’, dos Byrds (traduzida para ‘Sapato Novo’), a banda Jungle Cats atende o convite da gravadora Paladium para gravar o LP ‘Gêmini 7 em órbita, com Os Tremendões’, um disco basicamente de covers. Essa faceta de assinar com outro nome serviu para preservar a identidade do grupo. Os garotos, assim como centenas de outros grupos de garagem, tinha um perfil mais, digamos, radical e não queriam comprometê-lo com registros "comerciais".
Nessa época, a banda era formada por Carlos Greco, no baixo, Hipólito, na bateria, Dalton Meireles, na guitarra solo, Roberto Navarro, na guitarra ritmo e Sérgio Greco, no piano.
Lançado em 1967, o disco trazia clássicos do rock internacional, da Jovem Guarda e instrumental, como ‘Tema Para Jovens Enamorados’, ‘Gatinha Manhosa’, ‘Listen People’ e ‘California Dreamin’’. Estranhamente para futuros ratos da discografia do rock brasileiro, na última faixa do lado ‘b’, o disco trazia uma gravação de ‘Vai’, original dos Jungle Cats. O disco ainda hoje é encontrado nos sebos de vinil país afora, especialmente na região de Minas Gerais e Centro-Oeste do país.
O grupo ainda tentou gravar um álbum com originais, com o objetivo de mostrar a verdadeira cara sonora dos Jungle Cats, evidenciada em ‘Vai’, algum tempo antes. A idéia era principalmente registrar as canções dos integrantes do grupo, em especial de Carlos Greco, um ótimo compositor. A proposta dos garotos, no entanto, esbarrou na negativa da gravadora, que preferia lançar álbuns de covers.
O "sonho dos anos sessenta" acabou com o fim dos Beatles, o serviço militar para muita gente e a universidade para tantos outros. Com isso, The Jungle Cats também encerrou suas atividades, deixando para a história do rock brasileiro um raro compacto, um LP "anônimo" e uma lenda que segue viva até hoje.
Texto de Fernando Rosa publicado no site Senhor F.
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Sunday, November 02, 2008
Réquiem Para o Circo - Made in PB (1976)

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Faixas:
01. Declamação (Zé Ramalho da Paraiba)
02. Anjo Branco (Ave Viola)
"Réquiem para o circo - Made in PB", lançado em 1976 e que tem a participação de Zé Ramalho, declamando o "Monólogo do Palhaço" uma adptação do Asilo de Petersen por Luis Carlos Vasconcelos, direção e produção de Eduardo Stuckert.
O compacto é em formato de poster sua capa abre em quatro partes, possui um livreto com 24 paginas ! em duas delas pela primeira vez Zé Ramalho falou sobre os segredos do Ingá, e seu albúm Paêbirú produzido com Lula Côrtes.
O Circo viveu por dois anos durante esta tempo fez o possível para ser fiel à ideía que lhe deu origem. Debaixo do toldo que por algum tempo coloriu uma de nossas avenidas muitas coisas aconteceram.
Houve representações de Teatro; houve concertos de música popular e também Erudita. Houve cantorias a viola, exibições de capoeira e de Bumba meu Boi; nele foram ouvidos os cantos de xangô e de Jurema.
O folclore fazia contraparte com as expressões refinadas da cultura, para que todos os gostos fossem servidos, conferencias, debates, exposicões de arte, havia também bailarinas semi-nuas que rebolavam ao ritmo quente das batucadas. Forrós pelo São João e festas de Natal à luz de velas; carnavais. Beethoven confraterniza com Paulinho da Viola e Luiz Gonzaga fazia duetos com Brahms.
Por dois anos o Circo tentou fazer cultura viva, a cultura alegre e sensual que dá encanto à vida.
Quem sabe dos seus escombros pode surgir uma nova casa de cultura, não a cultura de gravata, mas a cultura amena que faz alegria de viver...
Texto extraído do encarte do Compacto.
Fazer o download de Réquiem para o Circo - Made in PB (1976).
Wednesday, October 29, 2008
Os Megatons - Single (1967)

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Faixas:
01. Cuidado
02. Só Penso em Meu Bem
Gravado pelo grupo paulista Os Megatons, o compacto com as músicas 'Cuidado' e 'Só Penso em Meu Bem', é um dos mais raros e legais disquinhosda história do rock nacional. As duas canções talvez sejam a versão mais bem resolvida e elegante da fusão da Jovem Guarda com a sonoridades 'beatle' que proliferaram naquele momento.
Escritas por Marcos Roberto & Dori Edson e Henrique Adriani, respectivamente, as músicas apresentam uma levada rítmica empolgante, remetendo à 'era Revolver'. O compacto foi lançado em 1967, pela gravadora Mocambo/Rozenblit.
Influenciados por Byrds, além dos Beatles, Os Megatons era liderado pela dupla Joe Primo Mareschi e Wagner Benatti, autor de 'O Tijolinho', clássico da Jovem Guarda, gravada por Bobby De Carlo – também integravam o grupo Edgard, Renan, Arnaldo e Luizinho.
Com o fim do grupo, no final dos anos sessenta, Wagner Benatti passou a integrar o grupo Pholhas. Nos anos oitenta, ele ainda também fez parte, paralelamente, do Cokeluxe, banda de rockabilly liderada por Eddy Teddy.
Além deste compacto, Os Megatons gravou mais dois compactos 'Tarzan/Viajando' (1966) e 'Meu Machucadinho/Nelma' (1967), e um LP de música instrumental, anterior à fase vocal. Em 1967, o grupo acompanhou Bobby De Carlo na gravação de seu álbum de estréia, com a dupla Mareschi/Benatti contribuindo com algumas composições, além de 'O Tijolinho'.
No final da carreira, a banda estava ironicamente preparando a gravação de um LP que, infelizmente, não chegou a ser concluído.
Texto de Fernando Rosa, publicado originalmente na revista virtual Senhor F.
Fazer o download de Os Megatons - Single (1967).
Sunday, October 26, 2008
De Kalafe - Singles

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De Kalafe e a Turma
Faixas:
01. Guerra
02. Mundo Quadrado
De Kalafe e Sua Turma
Faixas:
01. Bang Bang (My Baby Shot me Down)
02. This Boy
Um dos mais raros compactos do rock brasileiro é o que traz as músicas "Guerra" e Mundo Quadrado". O compacto saiu pela gravadora Rozemblit, responsável por um grande número de lançamentos alternativos da época.
"Guerra" foi um hit local em São Paulo, na segunda metade dos anos sessenta. As duas músicas integravam o compacto simples da cantora De Kalafe, de origem árabe. De Kalafe cantava acompanhada do grupo A Turma, que tinha entre seus integrantes Arnaldo Sacomani, depois produtor e radialista.
Com apenas dois compactos gravados, o grupo desfez-se no final da década, com De Kalafe seguindo carreira solo. No segundo compacto, De Kalafe gravou o cover para "Bang Bang", um original da cantora Cher.
Texto de Fernando Rosa, publicado originalmente na revista virtual Senhor F.
Denise Kalafe é conhecida no meio artístico como "D. Kalafe".Nascida em Ponta Grossa, Paraná, Denise fez sucesso com "Mundo Quadrado" e "Bang-Bang" e não gosta de usar sapatos. Anda descalça.
Também é conhecida pelo seu espírito de independência e protesto.
Desde que começou a mostrar suas primeiras composições, em shows e programas de tv, em São Paulo, na segunda metade dos anos 60, num movimento meio hippie, na base do "flor-amor", em que se apresentava com longas batas brancas, descalça, interpretando canções antimilitaristas (em plena escalada da guerra do Vietnã).
Ela é própria Zapata reencarnada em Guadalajara. Ela vive no mexico desde que perdeu um festival da canção, no final dos 60. Ela sempre foi super comunista. No México ela é Denise Kalafe e já foi estrelona. No Brasil era Dê Kalafe e quando ela decidiu cantar descalça o povo odiou.
A primeira descalça brasileira aceita pela sociedade mainstream foi a Aparecida.
Denise De Kalafe, paranaense de Ponta Grossa, há 12 anos residindo na Cidade do México, continua entre as superstars da canção latino-americana, enquanto no Brasil permanece esquecida - sem um único disco aqui editado.
No último dia 23, a United Press International distribuiu a listagem dos discos mais populares da América Latina, em várias Capitais, com a paranaense De Kalafe em destaque. Em Bogotá, "Quiero Gritar", uma das mais recentes composições de De Kalafe, está em primeiro lugar.
Em La Paz, é "Armando-te", outra de suas músicas, que figura em terceiro lugar, abaixo de "Esperame" (Rocio Jurado) e "Chiquilla" (Manolo Otero). Em Los Angeles, apesar de toda concorrência, Denise também se classificou bem: "Amando-te" está em sexto lugar, logo abaixo de "Felicidades", que reúne Júlio Iglesis e Pedro Vargas.
Texto de Aramis Millarchi, publicado originalmente no jornal O Estado do Paraná em 04/09/1985.
Fazer o download de De Kalafe - Singles.
Assista uma participação de De Kalafe e a Turma, interpretando a música In Sha La, no filme "Bebel, a Garota Propaganda", de 1967.
Thursday, October 23, 2008
Fábio - Single (1968)

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Faixas:
01. Lindo Sonho Delirante (LSD)
02. Reloginho
Mais conhecido pela gravação do hit ‘Estela’ no início dos anos setenta, o cantor Fábio estreou em disco completamente na contramão da então praticamente extinta Jovem Guarda, e sintonizando com os novos tempos.
Em 1968, ele lançou um polêmico compacto, contendo as músicas ‘LSD (Lindo Sonho Delirante)’, dele e Carlos Imperial, e ‘O Reloginho’. Um funk bem marcado, ‘LSD’ é capaz de ainda hoje sacudir as pistas de dança.
A segunda música não tinha nada demais, o que não se pode dizer do lado ‘A’ do compacto. Além de um ritmo literalmente alucinante, a música trazia a provocação explícita na letra.
A capa do compacto também não deixava dúvidas sobre a sugestiva letra, estampando em letras garrafais, sob um fundo vermelho, acima da foto do cantor, a palavra "LSD", sublinhada com "Lindos Sonhos Delirantes".
Hoje uma das peças mais raras da história secreta do rock brasileiro, o compacto não fez sucesso, mas ajudou a abrir caminho para o ex-Juancito, nome adotado no início da carreira, em meados dos anos sessenta.
No início dos anos setenta, Fábio gravou um LP com participação de integrantes dos grupos A Bolha e O Terço e outros músicos. Na época, o disco foi bem recebido pela revista Rolling Stone, que publicou entrevista com o cantor.
Texto de Fernando Rosa, publicado originalmente na revista virtual Senhor F.
Fazer o download de Fábio - Single (1968).
Wednesday, October 15, 2008
Analfabitles - Singles (1968-69)

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Compacto Simples (1968)
Faixas:
01. Sunnyside Up
02. She's My Girl
Compacto Duplo (1969)
Faixas:
01. Magic Carpet Ride
02. The Sun Keeps Shining
03. Shake
04. It's Been Too Long
Os Analfabitles contabilizavam três anos de existência em 1968. No início eram um quarteto e atendiam pelo nome de The New Kings. Uma fase curta, movida por uma aparelhagem incipiente e muita disposição. Logo, o pretensioso nome foi abolido, substituído pelo trocadilho com o qual a banda viria a se tornar uma legenda no Rio de Janeiro.
Mimetizando os grupos ingleses e norte-americanos, dos quais sugavam o repertório, os Analfabitles seguiam rota divergente do estilo predominantemente brega da jovem guarda. De fato, compartilhavam com outras bandas beat e de garagem, como The Outcasts, The Bubbles, The Trolls, The Divers e The Crows, entre outras, um nicho distinto e exclusivo, porém sem muita atenção das TVs e dos jornais e revistas, como recebiam os artistas daquela vertente.
No entanto, em 1968, já como um sexteto, a banda atravessava um momento efervescente. Seus bailes sempre concorridos mantinham o grupo em permanente circulação pelos clubes da Zona Sul, com esticadas a Tijuca, ao Grajaú e a Niterói, do outro lado da baía. Mas foi no Caiçaras, um clube de elite às margens da Lagoa Rodrigo de Freitas - na verdade, situado numa ilha - que a coisa começou a esquentar. Ali, suas domingueiras foram se tornando tão disputadas durante o segundo semestre do ano que os bailes tiveram que ser transferidos do salão para o ginásio do clube. Com a fama se espalhando rapidamente entre os jovens antenados da cidade, não foi preciso muito tempo para Danilo, Léo, Maran, Luiz Carlos, Fernando e Daniel desfrutarem da reputação de pertencerem da melhor banda da região, ao lado de The Bubbles.
Pois foi em meio a esse panorama que os Analfabitles tiveram a chance de gravar um compacto simples para a RCA Victor. Chance essa proporcionada pelo gaitista e violonista Rildo Hora que, naquele momento, iniciava-se como produtor musical da gravadora. Reunidos no estúdio da CBS, no Rio, o grupo registrou os dois temas para o compacto numa curta sessão de gravação. Ao final de uma tarde de trabalho, depois de gravadas as bases, seguidas dos vocais em overdub, Rildo Hora dava por encerrada a sessão.
A escolha dos Analfabitles recaiu sobre dois números absolutamente obscuros, conhecidos apenas pelos freqüentadores mais assíduos dos bailes da banda. Foram eles "Sunnyside Up" e "She's My Girl". O primeiro, de uma banda de garagem de Boston (EUA) de pouca expressão fora de sua região de origem, chamada Teddy and The Pandas. A segunda, dos Coastliners, outro grupo norte-americano cujo legado discográfico limita-se a alguns compactos.
De certa forma, uma escolha surpreendente, pois contrariava a tendência da maioria dos artistas (e de bandas de sua época) de copiar os sucessos mais óbvios ou refazer temas de artistas já consagrados internacionalmente, quando da gravação de covers. Com inteligência, os Analfabitles evitaram comparações com as gravações originais que, no caso, ninguém conhecia, e tornaram "seus" os temas gravados. Portanto, se sucesso fizessem, seriam conhecidos como uma assinatura exclusiva da banda e de ninguém mais.
"Sunnyside Up" é um número em mid-tempo, com destaque para o caprichado vocal do grupo, em arranjo diferente, melhor e de efeito superior ao registrado por Teddy and The Pandas. Outro carimbo da banda presente na gravação é o atrevido solo de Maran ao órgão Hammond. Já "She's My Girl", escolhida para ocupar o lado 2 do compacto, é uma balada delicada, cantada em falsete por Fernando tal qual a gravação original dos Coastliners, lançada nos Estados Unidos em 1966 através do selo Back Beat.
O disco, cujo lançamento foi celebrado com uma festa no Teatro Casa Grande em 13 de outubro de 1968, chegou às rádios através do legendário DJ Big Boy, que incluiu os dois números na programação da Rádio Mundial. Mas foi "She's My Girl" que caiu no agrado dos ouvintes. O sucesso foi tanto que a música acabou invadindo o dial de outras estações cariocas, garantindo a RCA uma vendagem de dez mil cópias do compacto. Um enorme alento para um grupo sem presença alguma na televisão e cuja fama ainda atingiria o ápice no ano seguinte.
Enquanto os Analfabitles seguiriam construindo a sua história, a do compacto já estava sedimentada. Duas grandes pequenas músicas, executadas com brilho e bom gosto, só poderiam resultar num dos melhores discos de beat music gravados no Brasil.
Texto de Nélio Rodrigues, publicado originalmente na revista virtual Senhor F.
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Wednesday, October 08, 2008
Os Baobás - Single (1966)

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Faixas:
01. Bye Bye My Darling
02. Pintada de Preto (Paint it Black)
Em 1966 uma banda paulista surgia no cenário de grupos que foram se formando à medida que a Jovem Guarda tomava cada vez mais conta do país. Os Baobás oficialmente debutaram com dois fatos que os fariam existir por dois anos, assim encerrando atividades em 1968: tal qual Os Mutantes, o nome da banda se originou graças a Ronnie Von, que extraiu do livro-símbolo de sua carreira O Pequeno Príncipe a nomenclatura de uma árvore chamada baobá, e o lançamento de seu primeiro compacto, no dito ano de 66.
Durante sua existência, a banda lançou cinco compactos e um disco, além de participações.
O primeiro compacto d’Os Baobás é constantemente lembrado pela antológica versão de “Paint It, Black” dos Rolling Stones, vertida aqui por Ricardo Contins (guitarra e principal compositor da banda) e Arquimedes (percussão) para “Pintada de Preto” (“A minha vida é toda cheia de defeito/Ela para mim é toda pintada de preto”), mas o disco é composto também pela ótima “Bye Bye My Darling”, de autoria original da banda, via Contins.
Versando sobre uma relação à distância, originado por uma viagem de um dos interlocutores (“Bye bye my darling, goodbye/I’m going away just for a ride/And before this ride I’ll be back again”, canta o refrão) sobre uma base instrumental que já difere sutilmente de algumas ingenuidades da Jovem Guarda, tal música forma sua existência já na inusitada natureza de composição d’Os Baobás: o de lançar as suas próprias composições em idioma inglês.
Texto de Roberto Iwai, publicado originalmente na revista virtual The Freakium!.
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Sunday, September 21, 2008
Mac Rybell - Single (1968)

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Faixas:
01. The Lantern
02. Shadow
Início dos anos 60. O mundo maravilhava-se ante a revolução artística e cultural que ocorria nesse período. Na música os jovens conquistaram definitivamamente o seu espaço e os Beatles, com suas canções revestidas de energia contagiante, faz o mundo delirar, influenciando uma legião de jovens.
Em Assis, o eco dessa efervescência mundial ressoou e fez um grupo de amigos buscarem a música para manifestarem a sua arte. O conjunto iniciou-se em 1964, com Marinho e Caio, no Colégio Diocesano. Depois juntaram-se a eles Paulo Roberto, Bell e Elionilton.
A criatividade do grupo já se mostra na escolha do nome da banda que, usando as iniciais dos nomes de cada músico, nasceu MAC RYBELL.
Em 1967, o Mac Rybell grava seu primeiro disco, em São Paulo, com os novos integrantes Rodolfo, Chiqueto e Oliver. "Júlia" e "Io non te Lembro" são as músicas mais tocadas.
Em 1968, Mac Rybell apresenta-se na TV Bandeirantes, no programa "Enzo de Almeida Passos". Lá é convidado a tocar na melhor casa noturna de São Paulo: o Urso Branco. Após o sucesso dessa apresentação, a banda é contratada como nova atração da noite paulistana, o que os faz mudarem-se para São Paulo.
Logo Mac Rybell é considerado pelos jornalistas de São Paulo os Beatles brasileiros e em apenas 3 meses de trabalho é festejado como o melhor conjunto da noite paulistana de 1968.
Também em 1968, fruto de uma grande atividade artística e arrojo do grupo, o Mac lança no Brasil um compacto com uma música inédita dos Rolling Stones, "The Lantern", além de uma música de composição prõpria, "Shadow". Esse disco, hoje é disputado internacionalmente por colecionadores.
Ainda em 1968, ano de uma das melhores fases do grupo, Mac Rybell grava um disco com músicas dos Beatles, mas por imposição contratual da gravadora, no LP "Mania de Beatles", o nome da banda saiu como "The Sargeants". Apesar disso, Mac Rybell foi o primeiro conjunto brasileiro a lançar um LP apenas com músicas dos Beatles. Nesse ano entram na banda Yrineu e Daniel.
Em 1969, após enorme sucesso em São Paulo, a banda volta para Assis, contando com o novo integrante Mário Carlos.
Em 1972, após tocar em vários programas de TV de São Paulo, como "O Clube do Bolinha", o Mac Rybell apresenta-se no "Programa Sílvio Santos", exibido então pela Rede Globo, sagrando-se vitorioso da competição. Naquela época, a audiência televisiva era pequena, mas a enorme repercussão desse programa propiciou ao Mac Rybell um enorme mercado de trabalho e confirmou sua posição como uma das melhores bandas do Brasil.
Em 1974, o grupo lança o LP "Mac Rybell", apenas com composições próprias e que tem na música "Meu Sonho" um grande sucesso tocado em muitas rádios até hoje.
As pesquisas musicais e tecnológicas nas criações de novos sons e instrumentos sempre foi o diferencial da banda, o que possibilitou, em 1983, a participação do Mac Rybell na TV Cultura de São Paulo para a gravação da abertura de "Assim Falou Zaratrusta", que permanece até hoje como uma das marcas desse vanguardismo.
Texto adaptado de uma Revista de comemoração aos 100 Anos de Assis.
Fazer o download de Mac Rybell - Single (1968).
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