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Faixas:
01. Sumaré
02. Brasão
03. Superstição Imortal
04. Cora Coralina
05. O Novo
06. Vilancete
Ao decidir-se por editar disco com composições de Bernado Neto, o movimento litero-musical O SACO levou em consideração o trabalho de um compositor voltado para a busca constante da sintonia entre a beleza da palavra e da música. Um artista interessado em deixar registrado no tempo o compromisso do homem para com a vida, a poesia e o destino de todos nós numa era de tantas indecisões e desencantos.
Bernardo Neto desenvolve há muito tempo no Ceará trabalho musical que só tem merecido aplauso e reconhecimento. Mas somente o disco era capaz de impulsionar ainda mais seu talento para ser descoberto em outras plagas e receber a mesma admiração dos que vivem nos limites da província cearense. Ao optar inicialmente por Bernardo Neto, O SACO traz à tona o eterno problema do artista enclausurado nas fronteiras de seu Estado, sem perspectivas futuras se não romper os esquemas tradicionais das gravadores multinacionais.
Bernardo Neto escolheu para compor "Sumaré" alguns dos nomes mais significativos da literatura cearense. Ao musicar poemas de autores consagrados, dá outra dimensão à palavra que sempre se manteve no restrito espaço do papel. Amplia, repercute e avança ao lado do poder de criação literária. Em "Vilancete", o compositor torna ainda mais conhecida a produção de Moreira Campos, um dos articuladores do Grupo CLÃ, citado em várias antologias internacionais.
Na faixa "O novo", perpetua em melodia os versos de Caetano Ximenes Aragão, autor do grande "Romanceiro de Bárbara". Em "Brasão", Francisco Carvalho, que traz na expressão da linguagem poética a aventura e desventura da existência. Todos poetas que sabem utilizar com maestria a palavra em sua dimensão mais humana, pura, terna e eterna. Nomes que orgulham o Ceará e nada deixam a dever ao resto do Pais.
Indo mais além, Bernardo Neto inspira seu violão para prender na melodia "Superstição mortal", de Millor Fernandes. E em 'Cora Coralina", uma homenagem a mulher de destino humilde, mas de ricas palavras. Bernardo Neto escolheu tal caminho por sentir em cada texto a musicalidade unir-se com o sentimento da força humana em busca de melhor caminho. Música e palavra numa vertente única, inabalável, como a esperança. A esperança de se ter pelo menos o direito de viver. E sonhar.
Em Sumaré, Manoel Grelho Raposo, autor da letra diz: "Num passe de mágica as cores se misturam, o sol derrama as suas crinas sobre o canteiro dos homens, e a bela orquídea do poeta invade os corações de quem sabe cultivar Sumarés, rosas de amor."
Texto extraído do encarte do disco.
Fazer o download de Bernardo Neto - Sumaré (1988).